
Portugal está na mira do Grupo CTS, uma multinacional suíça especializada em data centers, que revelou um ambicioso plano de crescimento para o país. A empresa pretende criar mais de 2.000 postos de trabalho a curto prazo, consolidando a sua operação nacional, a CTS Portugal, como um pilar fundamental na sua estratégia global e como líder no mercado português.
O objetivo é claro: responder à crescente procura por infraestruturas digitais, impulsionada em grande parte pelas necessidades energéticas sem precedentes da Inteligência Artificial (IA). “O panorama da construção de Data Centers está a sofrer uma rápida transformação”, refere Sean Anthony Timmons, SVP Global Business Development do Grupo CTS, sublinhando que estas infraestruturas estão a evoluir para verdadeiros “Centros de Computação”, críticos para setores como a saúde, banca e governo.
Portugal como um hub geoestratégico
A escolha de Portugal para este mega-investimento não é um acaso. O país combina um conjunto de fatores que o tornam num dos destinos mais atrativos da Europa para a instalação de data centers. A ligação direta aos principais mercados internacionais através de um elevado número de cabos submarinos de fibra ótica, a abundância de energia renovável e o acesso ao Oceano Atlântico como recurso para arrefecimento dos servidores são trunfos decisivos.
Carlos Ribas, CEO da CTS Portugal, destaca o valor criado no país: “Geramos emprego qualificado, conhecimento, competências e especialização. Contribuímos para o desenvolvimento da economia nacional”. O responsável acredita que a empresa reúne todas as condições para se tornar uma referência na indústria nacional, com um foco particular na zona industrial e logística de Sines.
Um ecossistema único de norte a sul
Para materializar esta visão, a CTS Portugal desenvolveu um ecossistema único no país, composto por onze empresas altamente especializadas que cobrem toda a cadeia de valor dos data centers. Desde o design e engenharia até à construção e manutenção, estas empresas estão distribuídas por todo o território nacional, de Vila Nova de Cerveira a Elvas.
O ecossistema inclui empresas como a DCpiping, NordicEPOD, MCPrefab, Vindur, BIMMS, Velox, CTS Nordics Engineering, Navitas, Caerus e QEC. Juntas, garantem a capacidade de entregar projetos de chave na mão, incluindo componentes críticos como os EPODs (Electrical Power Distribution Units), essenciais para um fornecimento de energia estável.
Inovação e talento como motores do crescimento
O compromisso da CTS Portugal com o futuro passa também por uma forte aposta na inovação, através de parcerias estratégicas com centros de investigação tecnológica e universidades de referência. O objetivo é acelerar a transferência de conhecimento da academia para a indústria, impulsionando o progresso tecnológico.
“Investir em educação e conhecimento significa investir nas pessoas e no futuro do país, construindo uma sociedade assente em valores, princípios e conformidade, e impulsionando um crescimento sustentável e mais justo”, conclui Carlos Ribas.










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